Repensando o SUPRI - Sistema de Suprimentos da Prefeitura de São Paulo

Boa tarde!
Gostaria de utilizar esse tópico para nos sensibilizarmos sobre a necessidade de obtermos uma solução moderna de sistema de Gestão de Suprimentos da municipalidade. Atualmente, utilizamos o SUPRI, que é um sistema de Suprimentos das Unidades de Armazenamento (Almoxarifado), que é responsável pela gestão da “entrada e saída” de itens de consumo ou materiais permanentes da municipalidade, que data a década de 70.
Por ser antigo, não gera relatórios modernos, nem gráficos, e toda a forma de ingresso dele depende do avanço sequenciado de telas, que requerem diversos códigos, que se estendem à requisição também. Não há campos para pesquisa fonética, e o requisitante não consegue visualizar se existe quantidade disponível em estoque antes de requisitar. Esse processo antigo acaba exigindo tempo, lentidão, idas e vindas à Unidade de Armazenamento.
Deixo aqui um link de demonstração: https://youtu.be/ezqPW7K7sx4, mas lembro a todos que esse vídeo está no Youtube com status “Não Listado” para que apenas nós, que possuímos o link, possamos assisti-lo.
Estamos bastante evoluídos em termos de tecnologias para a área logística, certamente existem inúmeras ferramentas de gestão de estoque que podemos buscar como solução para aposentar o SUPRI. Será que, como o SEI (que foi gratuito porque foi desenvolvido dentro da área pública), não haveria algo similar que poderíamos utilizar em Gestão de Suprimentos na municipalidade?
Atenciosamente,
Marcelo Rosa Davila, PR-CT

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Marcelo,

Antes de tudo, legal a iniciativa! A ideia deste espaço é justamente criar discussões em busca de melhorias, e o tema que você trouxe tem muito espaço para análise.

Assisti ao vídeo e conversei um pouco com o @d842715 que tem experiência com desenvolvimento em alta plataforma. Onde eu estava antes, também passei pelo cenário de um sistema em alta com esta mesma deficiência em usabilidade. Os pontos que me vem a mente, a princípio:

  1. A favor da troca deste sistema, já temos não só a questão da usabilidade, como inclusive uma meta específica no Plano Estratégico de TIC: 8.3 Percentual de redução de custos com Plataforma Alta (mainframe): 20% para 2018.

  2. Entretanto, há de se analisar se a troca de fato trará mais pontos positivos do que negativos. Há casos de projetos de migração de sistemas da alta para baixa plataforma que gastaram uma fortuna e falharam, não entrando em produção.

  3. Seria necessário migrar todos os dados do sistema atual para o novo, ou poderíamos migrar apenas dados básicos de cadastro, estabelecendo uma data de corte de uso entre os sistemas antigo e novo?

  4. O sistema atual, permitiria o desenvolvimento apenas de uma interface web com a pesquisa fonética? Ou uma melhora da própria interface atual?

  5. Há normativo ou regra de negócio obrigando o uso de um sistema único de suprimentos, ou cada órgão poderia ter o seu, da melhor forma que lhe atendesse?

  6. Já ouvi fora e agora dentro da Prefeitura(acho que era sobre SIMPROC) usuários com mais tempo de casa reclamando que “aquele sistema antigo que era bom” por saberem de olhos fechados os códigos que tinham que digitar em cada tela, e se perderem na interface Web. Conseguimos comprovar que é a sensação de quem mais importa quanto ao uso do sistema de que a usabilidade é de fato ruim, ou teremos uma resistência por um nicho de usuários que pode vir a inviabilizar tal projeto de migração?

  7. Um projeto sobre este sistema, valerá de fato o Retorno sobre o Investimento?

Os pontos que coloquei são para fomentar a discussão sobre existir a necessidade de se repensar o SUPRI e, uma vez confirmada a necessidade, como isto poderia ser feito.

O ponto 5 em específico acredito ser bem relevante, sobre a questão da autonomia de cada órgão. Sendo o SUPRI, até onde sei, um sistema da Secretaria de Gestão, seria interessante se @d840983 ou @d843282 ou demais colegas do órgão tivessem algo a opinar sobre o assunto.

@d841156, tem contribuições neste assunto?

Bom dia,

É engraçado ouvir falar que o SUPRI é ruim, já que não canso de ouvir que ele é um dos melhores sistemas que temos na PMSP.

Realmente sistemas criados nos tempos áureos do Mainframe eram desta forma, com códigos intermináveis, sem consulta de nenhuma informação, com relatórios pobres - considerando as ferramentas atuais, etc.

Existe já uma intenção da PRODAM, ao menos pelo que ouvi, em substituir os sistemas da PMSP que estão desenvolvidos em Mainframe, principalmente pelo custo, tanto de sustentação quanto de manutenção / evolução destes sistemas. É importante considerarmos que sistemas desenvolvidos a décadas não são ruins por isso, mas pelos paradigmas que foram substituidos. A SEFAZ de Estado de SP utiliza um sistema famoso, o SIAFEM, que pelas limitações comentadas pelo @MarceloDavila foi sendo atualizado com SOA, o SIAFEM.NET, tanto que existe hoje uma estrutura de BI que CAF, e me incluo nesta lista, achou muito interessante, o projeto se chama ContabilizaSP, todo baseado neste sistema desenvolvido em plataforma alta.

O SIMPROC é um caso ainda mais raro… Chegaram a criar um sistema Web que emulava as telas do sistema “tela preta”, que inclusive existe até hoje, só porque quem conhece o sistema bem prefere de longe a versão “tela preta” que uma versão com interface gráfica. Tanto que o sistema resiste ainda hoje rodando mais em mainframe que nas versões web. Sim versões pois são 2 ou 3… rsrsrs…

Voltando ao assunto, existe a intenção em adquirir um sistema de compras, incluindo ai o módulo de estoque. Neste caso não faria sentido manter o SUPRI e suas interfaces, considerando também a intenção da Prodam em substituir seus sistemas em plataforma alta. Está inclusive em consulta pública este sistema e seria interessante que também participem enviando sugestões relacionadas ao sistema, segue link com as informações:
http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br/DetalheEvento.aspx?l=GjXFhJdg9co%3D&e=3006%2BuXiqfQ%3D ou
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/gestao/suprimentos_e_servicos/consultas_publicas/index.php?p=253479

Uma das questões que temos ainda é verificar todas as interfaces que existem atualmente para o SUPRI, pois sei que ao menos SMS possui outros sistemas que consomem dados do SUPRI. Com esta informação verificar se o melhor na transição é manter o SUPRI até reconstruir as interfaces ao sistema novo ou durante o projeto já alterar todas interfaces que existem atualmente.

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Eu particularmente gosto muito dos sistemas em alta plataforma pois no geral são enxutos, leves, rodam bem e eu não tenho dificuldade no manuseio. Essa opinião não leva em consideração o custo de manutenção, alimentação de dados, etc, somente o uso como “usuário final”.

Concordo que a maioria prefere utilizar os sistemas intuitivos e com ferramentas que facilitam a navegação.

Acredito que no caso do SUPRI não haverá a mesma resistência com a migração por três motivos:

  • O SUPRI tem comandos mais complicados que o Simproc.
  • O uso do sistema é bem menos frequente que o Simproc.
  • E os problemas na migração para o Simproc Web ocorreram porque uma parte das funcionalidades não foi migrada para o novo sistema, o que gerou a necessidade da emulação das telas.

A migração de sistemas deve prever a migração de todo o sistema para não haver necessidade da “gambiarra”, treinamentos, manuais atualizados, etc…

Se não estou enganada havia o projeto de migrar os dados do SUPRI para o SIGSS, chegou a ter treinamentos, mas os módulos não foram implantados.

Com relação à Legislação podemos contatar alguém de DGSS para esclarecer esta dúvida.

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